Som da semana: Funke'n'stein - That's Funk!!

Saturday, February 26, 2011

BE-DOM vs STOMP...a funky drumers batle

Se há uma palavra que consegue ligar estes dois fantásticos grupos de percussão  é: RITMO. Uns são nacionais, os outros da terra dos Cangurus. Be-Dom o projecto nacional mais funky a  nível de percussão com objectos improvisados, bem à imagem dos inigualáveis STOMP, é uma excelente amostra de qualidade, improviso, show e boa onda. Garantido!  
Eis um trecho do Promo-DVD deste peculiar e bomboástico grupo de percussões tuga,  à la carte & on the street.

Be-dom


VsStomp

Sunday, February 13, 2011

A ilusão: uma provocação necessária

«A ilusão é o primeiro de todos os prazeres.»
Oscar Wilde

Dizer que o  "foi tempo perdido" a fazer algo de que não produziu o resultado esperado é claramente uma questão de frustração à priori. Talvez devamos começar por inverter essa ideia e supor que a inocuidade de um acto é já por si só um acontecimento muito importante. Não aconteceu nada, mas estar em sintonia com  a passagem do tempo já acarreta algum dinamismo... isto, segundo os parâmetros históricos e cronológicos da ciência. Aproveitar cada segundo para fazer história, ou a vossa própria história. E como neste preciso momento não tenho nada de interessante para fazer, irei perder propositadamente o meu tempo a fluir em pensamentos ou melhor, em conversas comigo próprio em jeito de monólogo,  mas num verdadeiro exercício de devaneio mental à procura de respostas sem perguntas. Se por acaso alguém ler estas palavras e se questionar " este tipo ou é parvo, ou não tem mesmo nada que fazer ou então, há por ali algum desvio, uma perturbaçãozinha psiquiatrica... Há vagas no MiguelBombarda?!) " (Isto, pensado com aquele arzinho arrogante com uma certa fleuma inglesa). Mas o mais divertido da cena é precisamente isto, a provocação
Quantos de nós nos erguemos pela manhã e ligamos o interruptor da ilusão que nos ilumina o caminho do dia, ou da noite no caso de se ser guarda nocturno. O mais interessante é precisamente acordar com esse espírito de aventura, o de embarcar no bote da ilusão. Aquele que nos faz acreditar que um estado de felicidade está na outra margem e nos acena com um lenço de tule transparente. Subscrevendo as palavras do meu amigo Oscar, a ilusão é mesmo o primeiro de todos os prazeres. Acreditar no desejo; acreditar no outro; acreditar no tempo; acreditar nas coisas; acreditar na natureza das coisas, acreditar nos acasos, acreditar em mentiras (diariamente vindas dos sofistas do governo), querer acreditar que nos sairá o euromilhões... Sobretudo acreditar em si próprio. Tudo o resto deverá passar para segundo plano, com todas as consequências que isso trará: a frustração, a expectativa falhada, o desvio, o recalcamento, a frieza do sentimento, a desconfiança, a vingança, a traição, o bloqueio, a raiva. Para gaudio dos psicólogos, psiquiatras, terapeutas e mais uns quantos vasculhadores de mentes "dementes", é o delírio, o climax. "Venha a nós a vossa loucura, seja feita a nossa vontade! Ahahahahahahah! (riso maléfico).
E pronto, acabei a minha sessão  autoterapeutica pra me ir esquivando desta cambada que mencionei em cima. Uma dose comprimida de escrita sem prescrição, de venda livre e às claras. Experimentem, que o Funk é mesmo bom!
Termino com uma adaptação funkiniana para reflectir: "Acreditar ou não acreditar, eis a questão. "

Até breve...

Saturday, February 12, 2011

Democratizar...a religião

Ao contrário do Islamismo, o Catolicismo continua a "oferecer" material  de forma gratuita e tolerante,  àqueles que fazem da paródia ou do humor, uma arte democrática. Ainda bem que não passa da caricatura de um mero Papa e não de uma figura divina cujo nome rima com Café...

Friday, February 11, 2011

O escritor de epitáfios

A hora do conto

Era uma vez um homem que gostava de pintar mosaicos. Mosaicos de sabores, de cores, de sentimentos, de experiências bizarras, de partilhas, de cheiros, de paisagens e de tudo o que para ele poderia ser diferente, mesmo que não o fosse...
Era uma vez um homem que achava enervante os enervantes...
Era uma vez um homem que quando falava,  pescava à bomba num rio...
Era uma vez um homem que ostentava com orgulho as cicatrizes da sua história...
Era uma vez um homem que pensava um dia ser realmente livre quando a sua reputação fosse por água abaixo...
Era uma vez um homem que pedia conselhos ao passado para compreender o presente e enfrentar o futuro...
Era uma vez um homem que sabia ouvir a monotonia de uns, sabia envolver-se no entusiasmo de outros e sabia abraçar as causas de tantos...
Era uma vez um homem que carregava uma mochila, a qual ia enchendo de coisas por onde passava...
Era uma vez um homem que percorria labirintos e trocava impressões com quem por ele passasse...
Era uma vez um homem que sabia ser um lugar de passagem...
Era uma vez um homem que fazia refrescos com os limões que a vida lhe dava...
Era uma vez um homem que entendia as artes moribundas e reinventava-as...
Era uma vez um homem que afirmava que a maior parte das vezes que se vê uma luz ao fundo do túnel, é um comboio a vir na nossa direcção...
Era uma vez um homem que ensinava os outros a falar dos elefantes que tinham escondidos na sala...
Era uma vez um homem que sonhava  a vida e vivia nos sonhos...
Era uma vez um homem que colecionava sorrisos...
Era uma vez um homem que se orgulhava de possuir o maior tesouro do mundo...
Era uma vez um homem que fazia laços da grossura de um camelo que segura um navio...
Era uma vez vez um homem que consumia simplicidade para lhe aumentar a adrenalina, era a sua dependência, um vício descontrolado, uma espécie de desporto radical da mente...
Era uma vez um homem que preferia desejar que querer...
Era uma vez um homem que vivia nas poesias, passeava pelos contos e descobria-se nas fábulas...
Era uma vez um homem que gostava de escrever e imaginar coisas onde mais ninguém conseguisse chegar. Um dia tornou-se um grande escritor... da sua própria vida, e finalmente conseguiu matar todos os seus desejos. Por isso, intitularara-se a si próprio de «o escritor de epitáfios», mas morreu feliz. Os desejos bons, ficaram registados e perpetuados em lápides singulares com frases dignas de memória. Os maus, esses, também.
Era uma vez um homem que não era um deus. Era também e apenas um homem.

R.B.  - DrFunkenstein

Tuesday, February 8, 2011

O elemento

Todos os dias me pergunto se serei capaz de "capturar" o meu Elemento. A chave para a resolução do enigma que é a minha própria existência. Acredito numa espécie de sensibilidade clandestina que faz parte de mim, incondicionalmente. Íntima, profunda, companheira, que me transporta nesta aventura que é o desejo da alma. Mas por vezes também é perversa e opressora...aos olhos dos que só vêem com os olhos. Sei que ainda não consegui povoar para além da minha pequena aldeia de habitantes e admiradores incondicionais, outros horizontes. Talvez longínquos, ou quiçá estarão por detrás do monte que vislumbro sempre que levanto o olhar e contemplo o futuro que me acena, mesmo ali à frente... Não sei! Só o meu Elemento o dirá, seja em forma de sorte, de talento, de vontade ou de coragem e determinação, para nunca deixar de o procurar. Irei continuar a minha missão realizando as tarefas que me couberam quando um dia, sem esperar, as descobri durante uma conversa privada com o meu Eu: amar, respeitar, ensinar, acreditar, escrever, contar, sonhar, pecar... mas sobretudo Viver, comandado pela mesma vontade de sempre, a de exprimir as convicções do coração.
R.B.

"Por vezes, esquecemos as extraordinárias capacidades de imaginação e criatividade com que nascemos. Quando isso acontece, é hora de redescobrir o nosso Elemento: o lugar onde fazemos aquilo que queremos fazer e onde somos aqueles que sempre quisemos ser."

"Sermos bons em alguma coisa e termos uma paixão por essa actividade é essencial para encontrarmos o Elemento. Mas não é suficiente. Essa meta depende fundamentalmente da perspectiva que temos sobre nós próprios e sobre os acontecimentos da nossa vida. O Elemento também é uma questão de atitude."
Ken Robinson
(uma referência mundial em educação e criatividade) Um Elemento Funkenstein concerteza!!